segunda-feira, 24 de setembro de 2012

As Cinco forças de Porter


Autor de importantes livros sobre estratégia e competitividade, há três décadas Michael Porter vem difundido uma série de conceitos no cenário empresarial. 



Maximiano (2006) afirma que “o entendimento das forças competitivas de um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia”.
Assim, Serra, Torres e Torres (2004) afirmam que a análise do ambiente externo pode ser realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade, desenvolvido por Michael Porter na década de 70.
O modelo possibilita analisar o grau de atratividade de um setor da economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afetam a competitividade, dentre os quais uma das forças está dentro do próprio setor e os demais são externos.
Porter judou a inovar os conceitos de estratégia, principalmente para a área industrial. Na obra Estratégia Competitiva definiu as cinco forças competitivas:
  • Rivalidade entre os concorrentes;
  • Poder de barganha dos clientes;
  • Poder de barganha dos fornecedores;
  • Ameaça de novos entrantes;
  • Ameaça de produtos substitutos.
Toda estratégia competitiva lida com modificação de regras de mercado a favor da empresa. Porter também abordou sobre o conceito de cadeia de valor , segundo ele “toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar o produto. Todas estas atividades podem ser representadas, fazendo -se uso de uma cadeia de valores”.
Para Porter toda cadeia de valor é regida por:
  • logística interna (tudo aquilo necessário para produzir)
  • produção ou provisão
  • logística externa e distribuição
  • marketing
  • pós-venda





Estratégia emergente x antecipada

O conceito de estratégia emergente ganha força, já que é muito complicado configurar uma estratégia com antecipação. “Não sairá certo, porque o mundo muda o tempo todo”, diz Porter. “Na estratégia emergente, em vez de se antecipar, a empresa experimenta, aprende, faz a sintonia fina e, com o tempo, a estratégia emerge. Isso contrasta com a escola do design estratégico.”

Em toda empresa, de acordo com o estudioso, existe a noção de que é preciso continuar aprendendo e tendo insights sobre o mercado, além de fazer os ajustes da estratégia, pois ela não deve ser rígida. “Grandes empresas continuamente aprendem e melhoram como tornar sua estratégia mais eficaz. Mas é raro uma empresa ter sucesso sem ter um insight inicial sobre como pode ser diferente, distinguir-se no mercado. É difícil que isso venha só com a experimentação.”
Eficácia operacional não é estratégia
Para o especialista tanto eficácia operacional como estratégia são essenciais para o desempenho superior, que, afinal, é o objetivo primordial de todas as empresas. Mas elas atuam de formas diferentes. “O papel do administrador é entender essas melhores práticas e trazer as mesmas para a empresa. Isso não vai te trazer vantagem competitiva se for feito isoladamente. A melhoria dessas práticas são necessárias,mas não suficientes”. Ele explicou que se você não for bom na execução das suas práticas operacionais, a sua estratégia não vai servir para nada. Quanto melhor for a sua estratégia, melhor o seu desempenho.

A eficácia operacional significa ter um desempenho melhor do que os seus rivais nas mesmas atividades. Abrange a eficiência, mas não se limita apenas a esse aspecto; diz respeito a quaisquer práticas pelas quais a empresa utiliza melhor o insumo. Em contraste, o posicionamento estratégico significa desempenhar as atividades diferentes das exercidas pelos rivais ou desempenhar as mesmas atividades de maneira diferente. “Eficácia seria como fazer a mesma corrida, mais rápido. E estratégia, correr um caminho diferente”, exemplifica.

Porter enfatizou que os concorrentes conseguem imitar com rapidez as técnicas gerenciais, as novas tecnologias, as melhorias nos insumos e as formas superiores de atender às necessidades dos clientes. “As soluções mais genéricas são as de mais rápida difusão”. A competição com base na eficácia operacional desloca para fora a fronteira da produtividade, elevando os padrões para todos os participantes. No entanto, embora acarrete melhorias absolutas na eficácia operacional, essa modalidade de competição não gera aprimoramentos relativos para qualquer concorrente. O professor explicou que a competição baseada apenas na eficácia operacional é mutuamente destrutiva, levando a guerras de desgaste que terminam apenas com a limitação da competição. O resultado é uma competição de soma zero, com preços estáticos ou declinantes e pressões de custo que comprometem a capacidade das empresas de investir no longo prazo do negócio.


Um comentário:

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