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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pós-venda, por favor!

Como consultor de marketing e palestrante, viajo muito a trabalho pelo país. Hospedo-me em diversos hotéis, dos mais econômicos aos mais sofisticados, recebendo, no geral, um bom atendimento por onde passei. Claro, adequado a proposta de nível de serviços de cada local e ao seu posicionamento. Ocasionalmente, inconvenientes acontecem, mas nada que um problema pontual afete o meu apreço.
Só que eu tenho um hábito que, assumo, virou mania durante as minhas hospedagens: o de preencher os questionários de avaliação de qualidade de serviços. Sempre os preencho, não posso ver um pela frente que vou já marcando minhas impressões e, quando há um espaço disponível, dissertando minhas opiniões sobre o que achei dos serviços. Eu busco fazer a minha parte como cliente, fornecendo informações, parâmetros e referências à direção do hotel. E imagino que eu não deva ser o único. Acredito que muita gente, e, claro, não precisa ser especialista em marketing de serviços para isso, preenche os questionários que ficam disponíveis em diversos locais, principalmente dentro do guia de serviços presentes nas suítes.
Para as organizações hoteleiras, essas informações são valiosas para avaliarem suas operações de serviços. Pois, óbvio, são os hospedes que recebem os serviços, usam e verificam sua eficiência e prestatividade. Diferentemente da venda de um produto, que por ser físico, pode ser testado e avaliado dentro da fábrica pelas áreas de controle; na venda de serviços, que é um processo, é o cliente que cumpre essa função. Por mais que o atendimento e uma gerência próxima possa perceber variações de serviços dentro da qualidade proposta, é o cliente que usa, testa e, sim, avalia.
Só que sabemos, a maioria dos hospedes não tem essa mania. Mas tem opiniões. E amigos. E gostam de falar, bem ou mal. E assim vão construindo pelo boca-a-boca a reputação do estabelecimento, influenciando colegas e fixando uma imagem no mercado. Por essas duas razões, do controle de qualidade e da reputação, os questionários de avaliação não podem ser tratados como subserviços ou mera rotina administrativa.

E é essa a impressão que eu tenho como cliente, que ninguém gabaritado irá ler minhas respostas e quando ler será apenas para servir como fonte para a construção de planilhas e gráficos de desempenho que vão rechear uma apresentação em PowerPoint. Feedback para o cliente, que é bom, nada. Posso estar enganado, me baseio na minha experiência como cliente e nas opiniões de vários amigos e colegas que também compartilham a mesma impressão. De todas as vezes que eu preenchi questionários e sempre marcando (quando há a opção) que gostaria de receber uma resposta, dá para contar nos dedos de uma mão quando recebi uma ligação ou um simples e-mail. Parece que na hotelaria muito esforço é despendido para manter a operação rodando e pouco se trabalha no que chamamos de pós-venda.
O pós-venda em qualquer operação de serviços é fundamental. E é muito mais que tabular um questionário e até responder casos mais críticos. Pós-venda é a oportunidade para aprender com o cliente. E para aprender tem que conversar, fornecer feedback, abrir-se para o diálogo para aprofundar-se nas questões negativas e positivas. Afinal, uma coisa é entender que o atendimento da recepção levou nota 6 numa escala de 0 a 10. Outra coisa é entender o porquê. Quando se sabe o motivo, abre-se a possibilidade da reparação, do ajuste de um processo e da melhoria nos detalhes. Pois clientes enxergam e dão valor a detalhes que normalmente passam desapercebidos pela gestão.
Questionários de avaliação não podem ser um fim em si mesmo. E também não podem ser o único canal de atendimento a reclamações, dúvidas, sugestões e elogios. É preciso ter profissionais especializados cuidando dessa ponta do iceberg. Uma área de pós-venda para receber as opiniões dos clientes, entrar em contato com eles, ouvir, responder, explicar e agradecer. E aprender muito, funcionando como uma ouvidoria. Buscando soluções para os problemas levantados e fazendo circular as opiniões dos clientes dentro da organização para mobilizar e manter atentos todos os profissionais que atuam na linha de frente.
Uma organização para se tornar competitiva e inovadora precisa aprender com seus erros e acertos. Aperfeiçoando e aprimorando. E não há como fazer isso sem a ajuda de clientes que se dispõem a informar e explicar. Até porque, em tempos de Internet como mídia social, se a empresa não se dispor a ouvir, o cliente encontrará onde publicar sua visão, em fóruns, blogs, portais e comunidades. Aí já viu.

Fonte: Mundo do Marketing

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Bom atendimento: O cliente quer soluções/Cultive aliados

Aqui vai uma análise sobre porque dar opções demais ao cliente não o deixa mais feliz, pelo contrário, o torna mais infeliz com a escolha feita.


Opções demais deixam a escolha mais difícil
Quando existem muitas opções, a análise é mais complexa e consequentemente mais difícil.


O custo de oportunidade causa infelicidade
Se você tem 926 opções, não importa quão boa for sua escolha, sempre ficará na sua cabeça a ideia de que ela poderia ter sido melhor. Ou seja, por incrível que pareça, quanto mais escolhas você tem, maior a chance de se arrepender depois.


Altas expectativas são o caminho para a frustração
Aliado ao custo de oportunidade está o fato de que se você tem muitas opções você pensa “Se existem tantas opções, uma delas tem que ser perfeita!”. Daí se sua escolha não é perfeita (nunca será!), você se incomoda pois poderia ter conseguido algo melhor dentro das (milhares) opções.


Transferência da responsabilidade para o cliente
Se seu médico te manda tomar um remédio e algo dá errado, você ficará com raiva do médico, mas não necessariamente se sentirá infeliz. Se o médico ao invés de recomendar um remédio te dá um leque de opções e você escolhe o remédio errado, a culpa passa a ser sua e você fica infeliz.


Conclusão
Se você é especialista em algo, seu trabalho é resolver o problema do cliente, não simplesmente colocar todas as cartas na mesa. Apresente a solução!


Cultive aliados!


Se você é responsável pelo atendimento, identifique se há algo de que seu cliente necessita e que, por algum motivo, a sua empresa não faz ou não vende. Estabeleça parceria com quem presta tal serviço ou vende tal produto, de forma que o cliente veja em você uma solução.


Aqui seguem exemplos práticos que substituem qualquer teoria longa e ilustram muito bem a importância de se ter aliados – internos e/ou externos:


Se você é secretária ou recepcionista, estabeleça uma relação com a senhora que serve cafezinho. Combine que, sempre que um cliente estiver no escritório onde você trabalha, ela seja atenciosa. Peça a ela que anote se o cliente gosta de açúcar ou adoçante, se prefere água com gás ou sem gás, se lê algum jornal ou revista enquanto espera. Da próxima vez que ele entrar na sua empresa, você e ela já sabem o que deve ser servido, sem precisar perguntar.


Estabeleça, também, uma relação com a recepcionista ou o porteiro do prédio. Assim, sempre que aquele cliente chegar, pode-se gastar o menor tempo possível nas formalidades de segurança e acesso.


Faça parceria com o ponto de táxi mais próximo para atenderem seus clientes. Se você percebe o cliente angustiado porque está atrasado para ir ao aeroporto, providencie um motorista de confiança para levá-lo após a reunião.


Interesse-se pela pessoa que entrou, por algum motivo, no local onde você trabalha. Tenha aliados na empresa e fora dela para colaborar no atendimento ao seu cliente, que ficará sempre grato por suas atitudes nesse sentido.

Fonte da Postagem: http://www.saiadolugar.com.br/