quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Aprendendo a empreender: empreendedorismo é tema de evento para estudantes na UFBA

Nos dias 17 e 18 de setembro, das 18h às 21h30, o NEJ-UFBA (Núcleo de Empresas Juniores da Universidade Federal da Bahia) realizou no Auditório da Reitoria da Universidade o Aprendendo a Empreender, evento sobre Empreendedorismo. Tendo como objetivo principal expor à comunidade acadêmica uma visão geral sobre este tema que é de extrema importância para a formação profissional e pessoal dos estudantes, mas que não é contemplado no currículo da Universidade, foi proposto o tema: “Empreendedorismo na Universidade e no Mercado de Trabalho”.

O Projeto Aprendendo a Empreender contou com um público de aproximadamente 500 pessoas nos dois dias e com a participação de representantes de empresas de destaque no mercado profissional que debateram sobre a inserção do jovem neste mercado e realizaram palestras sobre o espírito empreendedor. A inscrição para o evento foi um quilo de alimento não perecível - o total arrecadado será doado ao GAAC, Grupo de Apoio à Criança com Câncer.

Empreendedor: “pessoa que imagina, desenvolve realiza visões”
(Louis Jacques Filion)

No primeiro dia de evento, Alan Hiltner, mestre em Economia pela UFBA, sócio-mantenedor da Faculdade de Tecnologia Empresarial e presidente da StartUp Incubadora de Empresas e diretor-geral da DHC Consultoria Organizacional, demonstrou para os jovens o quanto é importante ter valores e definições de vida pessoal. Segundo ele, “Empreendedorismo é a melhor ferramenta para se realizar um projeto de vida, seja em uma empresa ou não”. Citando sua experiência empreendedora de vida, ele afirma: “deve-se procurar minimizar os riscos, ousar”. Entre muitas outras coisas, falou sobre perfil de um empreendedor, que deve associar conhecimento, habilidade e atitude para se obter sucesso. “Onde está o conhecimento que perdemos no meio de tanta informação?”, indaga Alan quando fala sobre a importância de se conhecer o setor específico de trabalho no qual se está inserido enquanto inúmeras informações científicas nos são dadas em salas de aula e às vezes se perdem. “Não basta ter MBA”, diz.

Logo depois, Fabrício Lacerda, técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), especialista em empreendedorismo, exibiu umas das palestras que o SEBRAE oferece gratuitamente a empresários e estudantes sobre aspectos importantes para a atuação em negócios, uma palestra gerencial. A mortalidade da micro e pequenas empresas no Brasil vem diminuindo, “hoje 60% das empresas quebram antes de completar cinco anos de existência”, conta. A pessoa que pretende desenvolver alguma atitude deve, segundo Fabrício, questionar: “estou preparado para fazer isso?”. Criatividade e poder de realização foram aspectos positivos citados pelo palestrante. Ele ainda informou que em novembro irá acontecer no Centro de Convenções de Salvador uma Feira do Empreendedor (mais informações no site http://www.sebrae.com.br/).

Para Andréa Carvalho, “Comunicação é tudo”

O segundo dia de evento iniciou-se com uma mesa redonda cujo tema era "Como se preparar para o mercado de trabalho” onde estavam presentes: Andréa Carvalho, representante da Deloitte; Caroline Pimentel, do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola); Marildes Hage, da Petrobrás; e Mauro Magenta, da Braskem. No debate foram discutidos o significado de empreendedorismo, o que o mercado de trabalho espera do profissional, como ser empreendedor numa empresa sem precisar montar seu próprio negócio, elaboração de currículo, entre outros assuntos. Aspectos como experiência, pró-atividade, bom comportamento em equipe, capacidade de expressão verbal e escrita, além de atividades extra-curriculares, foram postos em destaques como requisito para o sucesso de um profissional. Os empresários juniores foram reconhecidos pelos profissionais que participavam do evento como estudantes que se diferenciam dos demais por exibirem valores como iniciativa e determinação – o que pode contar pontos numa seleção para estágio ou emprego, por exemplo. Ao falar sobre postura como ser humano numa empresa, eles concluiram que faltam competências humanas nos profissionais.
Rogério Arns, da Fundação Odebrecht, deu prosseguimento ao evento discorrendo sobre empreendimentos sociais - ações que objetivam desenvolver uma população excluída socialmente. Mais que ganhar o peixe e mais que saber pescá-lo, é necessário que as pessoas estejam preparadas para lidar com fatores que possam ser entraves para a continuação de um processo, de um empreendimento. “É preciso explorar a iniciativa da comunidade e fomentar a ação das pessoas como protagonistas de suas próprias vidas”, diz Rogério. Quando questionado sobre as ações de responsabilidade social serem investimentos realmente interessados na sociedade ou estratégia de marketing, ele responde: “Não tire o mérito de nenhuma iniciativa social”.

Por fim, André Luiz Faro apresentou o case de sucesso da empresa em que é diretor administrativo, a Perini. Neto do fundador, terceira geração familiar da empresa criada em 1964, ele falou, entre outras coisas, sobre marketing, objetivos, valores e falhas da Perini.

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